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1º de Maio em Belém

Trabalhadores Protestam Contra Exploração e Políticas Governamentais.
Em um Dia do Trabalhador marcado por manifestações em todo o mundo, diversas organizações em Belém realizaram um ato que saiu da Praça do Operário, em São Brás. O evento, com uma forte pauta classista e internacionalista, expressou a independência dos trabalhadores em relação a governos e patrões.
O foco central dos protestos foi a crescente exploração no sistema capitalista, com os manifestantes denunciando longas jornadas de trabalho e baixos salários. A jornada 6X1 emergiu como um símbolo das reivindicações da classe trabalhadora, contando com amplo apoio popular. A precarização do trabalho e as condições exaustivas foram pontos cruciais das críticas.
No contexto local do Pará, as políticas do governo estadual de Hélder Barbalho e Igor Normando, ambos do MDB, foram duramente questionadas. Os manifestantes criticaram a entrega de recursos a empresários por meio de privatizações, como a da Cosanpa, o fechamento de restaurantes populares e o fim de programas sociais. A elevada taxa de informalidade no estado, com quase 60% da população sem carteira assinada e, consequentemente, sem direitos trabalhistas, foi um ponto de grande preocupação. A piora da qualidade de vida, com salários defasados e aumento do custo de vida, também foi amplamente debatida.
A situação dos povos originários e tradicionais da Amazônia também ganhou destaque no ato. As organizações denunciaram a violação de direitos pelo governo estadual e federal, especialmente em relação à exploração de petróleo na região. Houve um clamor pelo fim do Marco Temporal, pela demarcação de terras indígenas e quilombolas e por uma reforma agrária sob controle dos trabalhadores.
A manifestação, convocada pela CSP-Conlutas, reuniu trabalhadores de diversas categorias em um chamado unificado por direitos, melhores condições de vida e uma nova sociedade mais justa e igualitária. O objetivo central foi marcar o 1º de Maio como um dia de luta contra o sistema capitalista, apontado como o motor da barbárie, da destruição ambiental, da precarização do trabalho e do aumento da desigualdade social em escala global.
Foto: Reprodução/Sandro Barbosa