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Greve dos Trabalhadores da Cultura

Servidores da Cultura no Pará marcam 30 dias de Greve com bolo recheado de denúncias.

Servidores federais da cultura no Pará completam nesta quarta-feira (29) um mês de paralisação, aderindo à greve nacional da categoria iniciada em 29 de abril. Para marcar a data e protestar contra a morosidade no tratamento de suas demandas, os trabalhadores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em Belém “descelebraram” o trigésimo dia de greve com um ato simbólico e um bolo.

A mobilização busca a valorização profissional e do próprio setor cultural, com foco principal na implementação do Plano de Cargos e Carreiras da Cultura (PCCULT), uma demanda que se arrasta há mais de duas décadas. A categoria denuncia o descaso e o abandono que o setor cultural e seus servidores enfrentam sucessivos governos, resultando no sucateamento das estruturas públicas e na substituição de políticas de valorização por ações de desmonte.

Entre as principais reivindicações dos grevistas estão as remunerações iniciais, que consideram inferiores às da maioria dos servidores federais, a alta evasão de profissionais sem reposição adequada, gerando sobrecarga de trabalho, a escassez de concursos públicos e o aumento da contratação de temporários. Além disso, a categoria aponta uma defasagem salarial e um tempo de 28 anos para alcançar o topo da carreira como fatores que comprometem a qualidade do trabalho e ameaçam o acesso, a divulgação e a proteção dos serviços culturais em todo o Brasil.
O comando de greve, juntamente com a Associação Nacional dos Servidores do Ministério da Cultura (AsMinc) e outras entidades representativas, aguarda uma proposta prometida pelo Ministério da Cultura (MINC) e pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A expectativa é que a oferta defina os próximos passos do movimento e a convocação de novas assembleias.